quarta-feira, abril 06, 2011

REPRODUÇÃO DE UM BACRERIÓFAGO

Um tipo de vírus muito especial , que tem motivado pesquisas nos ultimos anos , é a dos BACTERIÓFAGOS ou simplesmente fagos. Eles tem uma forma bem pelicular , poliédrica , uma região denominada de cauda com sua fibrilas, e tem-se mostrado parasitas exclusivos de bactérias . Aparentemente são inócuos ( inofensivos ) ao homem e aos outros animais. Um dos fagos mais conhecidos é o “fago T2 e T4” que infecta a bactéria Escherichia coli.(ver fig abaixo)

Escherichia coli.

A maioria dos bacteriófagos possuem DNA, Alguns possuem RNA. E já se detectou em casos raros a presença de um DNA de cadeia única , simulando RNA porem dotado de nucleotideos com desoxirribose e timia ( sem ribose e uracila )

REPRODUÇÃO:

Os processos de reprodução viral mais bem estudados são os dos bacteriófagos, que infectam a bactéria intestinal Escherichia coli, ( citada anteriormente ) são os T pares, como os T2 e T4.

O envoltório protéico desses vírus apresenta uma região denominada cabeça ,com forma hexagonal de perfil , onde envolve a molécula de acido nucleico e uma região denominada cauda, com fibras protéicas.

Esses vírus aderem à superfície da célula bacteriana através das fibras protéicas da cauda que, contraindo-se, impele a parte central, tubular, para dentro da célula hospedeira, à semelhança de uma microseringa.

O DNA do vírus é, então, injetado para o interior da bactéria, ficando fora a cápsula protéica vazia.

O DNA viral, no interior da bactéria, interrompe as funções normais da célula hospedeira e passa a comandar a maquinária metabólica da mesma. Utilizando os próprios materiais bacterianos, o DNA viral é duplicado e são produzidas partes das cápsulas protéicas. Segue-se um período de montagem em que as cápsulas se organizam, envolvendo, cada uma delas, uma molécula de DNA. Após 30 ou 40 minutos de infecção inicial, cerca de 200 novos bacteriófagos são produzidos. Ocorre, então, a lise, ou seja, ruptura da célula bacteriana, e os novos bacteriófagos são libertados, podendo infectar novas bactérias e iniciar novo ciclo.

abaixo se vê a animação com ocorre a infecção viral na bactéria

Os bacteriófago T4 contem cerca de 300 genes que asseguram uma replicação rápida de seu cromossomo na célula hospedeira de Escherichia coli.

O ciclo descrito é denominado ciclo lítico pois ocorre lise. Existe, entretanto, o ciclo lisogênico, em que o DNA viral penetra na célula da bactéria e se incorpora ao DNA bacteriano, não interferindo no metabolismo da célula hospedeira. Essas bactérias são denominadas lisogênicas e esses vírus são denominados temperados.

Nesse caso, então, a bactéria metaboliza e se reproduz normalmente e o DNA viral vai sendo transmitido às novas bactérias, sem se manifestar.

Sob determinadas condições, naturais ou artificiais, como, por exemplo, sob determinados estímulos induzidos, tais como radiações ultravioletas, raios X, ou certos agentes químicos, o DNA do fago separa-se do DNA bacteriano e inicia-se o ciclo lítico.

Nesses dois ciclos de reprodução do bacteriófago, ciclo lítico e ciclo lisogênico, a cápsula protéica do vírus não penetra na célula hospedeira, penetrando apenas o DNA.

Notas:

Existem, no entretanto, tipos de vírus que infectam células eucarióticas, como, por exemplo, o vírus da gripe e o herpes simples, que penetram inteiros na célula hospedeira, com cápsulas e ácido nucléico.

Ainda em relação a reprodução dos vírus é interessante lembrar que os vírus que apresentam o RNA como material genético, ao parasitarem ima célula, são capazes de induzir a síntese de DNA a partir do seu RNA em presença da enzima Transcriptase reversa, sendo nesse caso denominados de Retrovírus. É o caso, por exemplo, do vírus causador da AIDS.

abaixo pode-se uma fotomicrografia eletrônica dos fagos.

um fago ampliado 250.000X vários fagos ampliação de 50.000X

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